segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

peripécias em São Thomé das Letras

         Gostaria de compartilhar com vocês, fato pitoresco acontecido em interessante
 cidadezinha do sul de Minas, chamada São Thomé das Letras.  Onde testemunhei 
grande acontecimento para a cidade.... 
 
 
 
 
Eram exibições de cinema em praça pública, patrocinadas pelo SESI.  Curtindo Férias
 e sem nada para fazer(Que bom!), tive oportunidade de acompanhar tudo
 de perto: o caminhão do SESI chegando com todo o equipamento, a montagem da
 estrutura de sustentação do telão, arrumação de cadeiras na praça da matriz, etc.
Um carro de som circulou pela cidade anunciando que sexta, Sábado e Domingo haveriam
 sessões gratuitas na praça da matriz com pipoca também grátis!!!  Em uma cidade que
 nem sala de cinema tinha, era bom demais para ser verdade... 
 
 
 
           Na cabalística sexta, no horário de 18:30h, anunciado para o início do filme, eis que 
surge um estranho contratempo digno de nota: o padre disse que filme só depois da missa.
  E nesses lugares palavra de padre é igual sentença de juiz...Interessante dizer que 
as cadeiras só foram plenamente ocupadas após a referida missa, provando que muitas 
pessoas estavam lá.  As que ficaram esperando, não reclamaram, não fizeram quebra-quebra,
não deu briga, tiro, etc...Igualzinho ao Rio de Janeiro... 
 
 
 
Vale informar que toda a cidade tinha apenas uma cabine de polícia, com 2 policiais apenas,
sendo que um deles estava circulando pelo local, mais para dar uma de lanterninha, pois
nada acontecia de anômalo. 
 
 
 
 
 
Já próximo do início, pude ver uma criança perguntando à sua mãe: __ É ali que passa o filme??
Com cara de quem ainda não sabe o que é isso...Lembrei de um filme que assisti há algum tempo
chamado Cinema Paradiso, clássico que recomendo à vocês.  A história deste filme revela a
grande paixão e magia que envolvem a sétima arte.
Ao final sou pego de surpresa com um convite para ser entrevistado pela equipe responsável 
pelo projeto, impressionante, o prefeito, vice-prefeito, uma famosa professora e EU!  Por essas 
e outras eu adoro o sul de Minas. 
 
 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mensagem do Aquém

Num lugar muito, muito distante, onde as montanhas são branquinhas e brilhantes como "minas de coca"(pode ver no Googleearth), os moradores não sabem dizer o nome da rua em que moram, muitos deles assemelhando-se a maconheiros(caso não sejam).....Este lugar, só vendo para crer(como o nome sugere), é São Thomé das Letras.




     Para um primeiro dia eu estava completamente só e desamparado, como bom carioca eu jamais pediria ajuda em uma rodoviária.....mas resolvi ir andando, afinal eu não podia estar longe de algo numa cidade que tem, quando muito, o tamanho da Praça XV. 
    Sem confiança de seguir uma informação pois os nativos, como eu disse, mal sabem dizer o seu endereço.  No entanto com muita sorte ou por obra e graça de São Thomé(como queiram),  achei a pousada em que eu ficaria.
    No segundo episódio eu já estava instalado e com uma boa noite de sono, porém ainda meio perdido e sem muita informação, felizmente achei um lugar com pessoas treinadas para dar informação a turistas(precisa de capacitação para dar informação?), e decidi visitar uma cachoeira. 
     Ainda não muito seguro da minha decisão comecei minha longa caminhada, porém no meio do caminho não tinha mais pedra!(e olha que isso aqui parece uma pedreira). É verdade....eu estava na saída da cidade e a caminho da próxima, numa pequena estrada de barro e pó de pedra, disputando espaço com eventuais veículos que levantavam uma poeira intragável....após uns 20 minutos eu tive a "sorte?" de encontrar um casal de amigos nativos do local, indo para lá....Agora eu não estava mais só, e pra fazer companhia, nestas circunstâncias, vale até cachorro!
 


 
     Meus companheiros de jornada me levaram em "segurança?" até a tal cachoeira, e o papo da caminhada foi ótimo....a garota contando como viajava por aí sem grana e trabalhando para pagar as contas, da sua gravidez mal-sucedida de um turista carioca....etc.  Já o rapaz era uma figuraça com papo-cabeça-furado-místico-filosófico, filho do dono de uma loja de produtos esotéricos da cidade.  Jurava para mim que tinha uma ladeira que o carro subia desengrenado, puxado pelo magnetismo do local.....Eu até engulo estória de disco voador....mas essa da ladeira é manjada....
     No retorno, ao fim da tarde, comentei que seria difícil encarar toda a caminhada ladeira acima, comendo terra...Fui tranquilizado pela garota: _ Calma carioca!  Senta aí, não paga não!  A gente pede carona pro caminhão!(garota esperta).
 
 
     O primeiro que parou disse que só dava para dois, então deixamos um casal mais cansado ir na nossa frente, quanta gentileza, pelo menos eles não me deixaram na pista....Bastente tempo depois passou um caminhão e a garota foi de isca pedir carona, quando o cara parou eu e o rapaz levantamos, mas o caminhoneiro disse que do lado dele só dava a garota, e a gente ia na caçapa com a lenha.  Dei graças a Deus, se fosse o Lélio pisava fundo e deixava a gente comendo poeira....Saculejando lá em cima do caminhão, com galhos espinhentos machucando minha bunda, pior do que eu só mesmo dois vira-latas que subiam correndo e latindo atrás do caminhão, com uma forma física de dar inveja a um maratonista....
     Agora já no destino, após descer e agradecer a confortável viagem, encontramos o casal para o qual demos nossa vez e perguntamos porque ainda estavam ali já que tinham tanto tempo de dianteira, e com enorme cara-de-pau responderam que aproveitaram o tempo extra para fumar um bagulho....meus companheiros reagiram com enorme naturalidade, e eu sorri tentando disfarçar....  
 
 

     Ratifico dou testemunho e fé a estas palavras, apesar de terem sido contadas em tom de anedota, são a mais pura expressão da verdade.  Espero que este e-mail tenha trazido um momento de alegria para aliviar o estresse diário.
 

domingo, 3 de maio de 2009

Além do Conhecimento


Observo que vivemos uma era onde conhecimento torna-se cada vez menos importante, e a capacidade de adaptação do ser a sempre novos e contínuos avanços e descobertas vira foco de todas as atenções na área de telecomunicações.
Atualmente, fica cada vez mais fácil e abundante a quantidade de conhecimento disponibilizado às pessoas, principalmente pela internet, de onde é possível extrair praticamente tudo do que se precisa.....E, em virtude desta suposta banalização, fica mais valorizado quem é capaz de se adaptar às modificações impostas pelos avanços tecnológicos, pois tudo que se sabia antes torna-se obsoleto ou incorreto, e precisamos reaprender desde o início. Esta não é uma afirmação absoluta, mas uma tendência.
Antigamente um engenheiro saía da universidade com emprego garantido, e a vida ganha, ou bem mais tranquila, agora é exigido cada vez mais de cada um, e ainda colocado como obrigação sua a retomada dos estudos, tornando tudo bem mais complicado....Já perdi a conta do número de vezes em que a filosofia de trabalho muda por completo e tudo que tenho é 1 CD para me auxiliar, após alguns protestos meus mandam-me calar a boca e lamber os beiços......É possível verificar que minha adaptação ao novo fica mais importante que tudo, até mesmo que a própria formação....
Obviamente eu sei que a mecânica clássica não muda, e todo o básico.....falo a respeito daquilo que realmente é necessário para chegar lá e resolver o problema.
É bem polêmico este assunto, mas sempre tive vontade de escrever algo sobre ele, ainda que de forma tímida e sem muita pesquisa pela falta de tempo, mas o objetivo é o de colocar o assunto em pauta, e sem a coragem devida não o faria nunca.